Hoje voltei a escrever. É algo que não consigo fazer no dia a dia. Fico preso às tarefas, às obrigações, crio desculpas e não dou prioridade aquele que deve ser um dos meus poucos dons. Claro que nunca vou ser candidata a um Pulitzer. Mas escrever com o coração é algo que me sai naturalmente. Acredito que seja cansativo para as outras pessoas, prova disso é que eu me sinto mais leve quando acabo de escrever. O peso tem de ir para algum lado e eu cá acredito que fica em quem lê. A quem eu segredo as minhas palavras.
Hoje apetece-me dizer porque gosto de ti. Um "amo-te" é demasiado esterilizado para carregar todas as ideias e sentimentos que passam por mim. Todas as manhãs olho para ti e continuo a achar que és o mais bonito da casa. Há sempre alguém no casal que é o mais bonito. Saio derrotada neste duelo e não poderia ficar mais babada com isso. És suave em corpo de trapalhão. És luz por baixo do corpo bronzeado. Casmurro e tÃmido quando, pela tua inteligência, só podias ser confiante e permeável à outras opiniões. Na verdade, tu vais ganhar qualquer argumento. Porque eu continuo a ter medo de te desiludir. Tenho medo que não gostes de mim. Tenho medo que não vejas em mim a pessoa de quem tu precisas. Podes deixar-me ganhar as discussões, porque logo a seguir vou a correr para ti como um cãozinho que só quer ver o dono feliz. E tu sabes como és soberano no meu coração. E eu, a tua fã número um.